terça-feira, 3 de setembro de 2013

Expedição Pitadas: visita ao produtor de baru em Pirenópolis

Baru

Se quiser saber mais sobre esta viagem a Goiás, leia de baixo pra cima as postagens anteriores: 

http://come-se.blogspot.com.br/2013/09/expedicao-pitadas-visita-produtores.html
http://come-se.blogspot.com.br/2013/08/expedicao-pitadas-banquete-na-cidade-de.html
http://come-se.blogspot.com.br/2013/08/expedicao-pitadas-restaurante-porto.html
http://come-se.blogspot.com.br/2013/07/mala-cheia-de-goiania.html

http://come-se.blogspot.com.br/2013/08/expedicao-pitadas-em-goias-restaurante.html
http://come-se.blogspot.com.br/2013/08/expedicao-pitadas-feira-do-ateneu-em.html


Já havia, com o Slow Food,  visitado a Fazenda Custódio dos Santos, do casal Seu Bié e Dona Albertina e dos filhos Elias, Edna e Daniela, em Pirenópólis (Aqui e acolá). Toda a família, que inclui nora e netos,  faz parte da Fortaleza do baru,  pertence à Associação de Desenvolvimento Comunitário de Caxambu e vive do que produz, algumas das quais vendidas sob a marca Promessa de Futuro, como geleias, baru e hibisco seco para chá. Coisa rara para uma família inteira, ainda mais com uma produção limpa, sem uso de insumos industriais, sejam adubos ou agrotóxicos.  

Dona Albertina nos esperou com um almoço à beira do fogão de lenha e se orgulhava de dizer que tudo era produzido ali. O arroz, o feijão, as verduras, o frango, o suco de hibisco. Comemos com gosto, acompanhado de pimenta local. Tudo muito fresco e com sabor delicioso.  

Elias é o mais falante e explica que conseguem produzir cerca de 11 variedade de feijões. Destas, fiquei feliz de saber, algumas nasceram de uns tipos diferentes que levei quando estive lá.  Elias é um daqueles apaixonados pela terra (como toda a família, mas é o mais eloquente) e fala com orgulho da dificuldade que já passaram e do que já conseguiram. Quando, desta vez,  disse que levaria mais sementes quando voltasse lá e perguntei se isto não o incomodava, se não estava arrumando mais trabalho pra ele, veio a resposta linda, que deixei anotada: "imagine, sementes? - quanto mais ainda é pouco". 

Em 2009 estive neste mesmo lugar e trocamos sementes. Deixei apenas
uns feijões diferentes pra plantarem, mas trouxe comigo muito mais.  





Quando alguém diz que baru é caro, pode imaginar o quão trabalhoso é obter aquela amêndoa tão delicada. É trabalho árduo e minucioso da família inteira quando é época (os frutos caem entre setembro e outubro) e não é todo ano que dá uma boa safra. Neste ano, por exemplo, não teremos muito baru. Quem não sabe o que é baru,  veja lá: o baru, sua castanha e sua polpa.  

Bem, veja aí alguma fotos. O contato com a família, para quem quiser conhecer os produtos,  está lá no site Cerratinga:  http://www.cerratinga.org.br/promessa-de-futuro/

banana

Baru

carambola


Hibisco

Mamão

Alho

Feijão azuki

Coentro do pasto (chicória do pará)